Os aditivos utilizados em alimentos para cães e gatos são substâncias autorizadas e reguladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [1]. Existem diferentes tipos de aditivos e estes são adicionados intencionalmente aos alimentos por razões nutricionais, técnicas ou sanitárias como: melhorar suas características nutricionais; agregar minerais e vitaminas na fórmula; promover saúde intestinal; conferir ao alimento características físicas desejáveis como textura e homogeneidade; proteger o alimento para evitar que ele mofe ou oxide e desta forma evitar a perda de nutrientes e o acúmulo de compostos tóxicos; proporcionar cor, odor e sabor atraentes ao produto para garantir que o animal se interesse pelo alimento e assim consuma todos os nutrientes que precisa diariamente; e garantir que o alimento será seguro para consumo pelos animais durante todo seu prazo de validade, entre outros.
Os aditivos podem ter propriedades e finalidades muito variáveis, porém todos possuem uma característica em comum: são adicionados ao alimento para promover algum benefício. Diferente do que as pessoas imaginam, estes compostos não estão lá como “enchimento” ou para reduzir o custo de produção do alimento, pelo contrário, eles tornam o alimento mais caro; e são adicionados (em quantidades consideradas seguras) por serem extremamente importantes para a segurança alimentar e controle de qualidade antes, durante e depois da produção das rações.
Os aditivos antioxidantes, por exemplo, são muito comuns em alimentos para cães e gatos. Seu uso é indispensável devido aos altos teores de gorduras presentes nestes alimentos, o que os torna muito susceptíveis ao processo de oxidação quando expostos à presença de oxigênio. Os antioxidantes estão lá para evitar que a gordura do alimento oxide e, assim, evitar alteração de seu valor nutricional, geração de compostos tóxicos com potencial carcinogênico e alterações negativas no sabor e odor do alimento ao longo do tempo [2].
Os aditivos equilibradores de microbiota, como os prebióticos e probióticos, são adicionados em alimentos para promover o equilíbrio do microbioma intestinal e ter efeito positivo no trato digestório e saúde dos animais. E aqueles nomes “químicos” que encontramos no final da lista de ingredientes no rótulo da ração, na maioria das vezes, representam fontes de vitaminas, minerais e aminoácidos, e são chamados de aditivos nutricionais. Eles estão lá para completar o que não foi possível obter a partir dos demais ingredientes, para assim tornar o alimento completo e balanceado.
